segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Amputaram-me uma perna, não o sorriso.

Determinou o destino que, há cerca de 12 anos, devido a um grave problema de saúde - cancro -, me fosse amputada a perna direita - para viver, disse-me a equipa médica do Instituto Português de Oncologia do Porto. E, de facto, escolhi viver!
Essa escolha implica a aceitação do eu no todo, com a consciência exata das limitações físicas que daí resultam, mas com a certeza de que há um universo sem barreiras, um desafio constante à superação das capacidades que o ser humano possui - que são imensas.
Quantas vezes gastamos o precioso tempo de viver na procura do parecer aos olhos dos outros, esquecendo o essencial - o ser, de dentro para fora.

Amputaram-me uma perna, não a capacidade de sorrir. Além de que há sempre um sapato que permanece novo!

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