quarta-feira, 12 de outubro de 2011

"Faz-te ao largo!"

 "Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao largo; e vós, lançai as redes para a pesca.»" (Lc 5, 4)


O que realmente nos faz viver? O que de verdade nos leva a soltar as amarras ao barco da nossa vida, partindo do cais, fazendo-nos ao mar?

É importante atracar o barco no cais, parar, refletir, mas não podemos ficar eternamente no porto de embarque. Precisamos largar as amarras que nos prendem, vencer os medos, os receios que nos impedem de seguir viagem, impelindo o barco na direção dos sonhos, na escuta do coração, rumo ao destino que realmente desejamos com todas as nossas forças.

Fazendo-nos ao mar corremos o risco de enfrentar tempestades e ter de lutar contra as maiores adversidades, mas esse é o risco, o grande desafio de viver. Deixar-nos conduzir pelas intuições, saborear cada momento ao máximo, numa caminhada crescente de aprendizagem emocional, espiritual, ...

O maior desafio do Homem é viver no Amor, na Esperança de alcançar a verdadeira Felicidade. Porque o dom da Vida só tem sentido quando partilhada, doada aos outros...

"O monge e filósofo budista vietnamita, Thich Nhat Hanh, escreve sobre como apreciar uma boa chávena de chá. Temos que estar totalmente despertos no presente para apreciar o chá. Apenas com a consciência no presente, as nossas mãos podem sentir o agradável calor da chávena. Apenas no presente podemos apreciar o aroma, sentir a doçura e saborear a delicadeza. Se estamos a remexer sobre o passado ou preocupados com o futuro, perderemos por completo a experiência de apreciar a chávena de chá. Olharemos para a chávena, e o chá já terá terminado."

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