A manhã começou com a sua frase:" A tua mão, mãe, serve-me sempre, para sempre, mãe."
Desconstruímos em que sentido a mão da mãe, seria importante para os Triquiteiros, e a conversa levou aos vocábulos seguintes:
Apoiar (se eu cair a mão da mãe apoia - Rodrigo)
Mimar (a mãe faz miminho na cara - Gabriela)
Acarinhar (a mãe faz carinhos com as mãos na cabeça - Hugo)
Ajudar (quando eu preciso de ajuda no escorrega, a mão da mãe ajuda - Lara Filipe)
Acolher (se o passarinho cai do ninho, a mão da mãe passarinho tem que o acolher, para ele ser tratado - Margarida)
Guiar ( a mãe dá-me a mão para eu andar na rua e atravessar as passadeiras - Lara Maria)
O Ademar desenhou a mãe, a minha mão serviu de molde à Lara, que a pintou, e quando as mães vieram, foi-lhes explicado o que significava este cartaz, e cada uma assinou.
Os Triquiteiros disseram "Espero que gostes Hélder"
Nos últimos meses, o contacto com o seio escolar tem sido intenso e daí têm resultado laços pedagógicos e afetivos que permanecem, muito para além do tempo e do espaço. Na sala dos Triquiteiros do JI de S. João, há cerca de seis meses, encontrei uns meninos e meninas muito especiais, orientados de uma forma encantadora pela Educadora Rosa Maria Alves. Foram-se estabelecendo gestos e afetos, com o desenvolvimento de algumas atividades pedagógicas, em que conseguem sempre surpreender-me com os trabalhos que efetuam, revelando, não só uma excelente capacidade de aprendizagem, como também competências artísticas maravilhosas.
O trabalho acima apresentado é um dos exemplos desses fantásticos trabalhos desenvolvidos pelos Triquiteiros, a partir de um poema que ontem havia escrito a propósito do dia da mãe. É um imenso privilégio saber que o escrevemos é capaz de provocar estas reações em crianças de 3, 4 e 5 anos, que só é possível quando existe uma enorme sensibilidade dos profissionais de educação, como é o caso da Educadora Rosa Maria Alves.
Gostei muito do vosso trabalho, meus queridos amigos Triquiteiros :) Obrigado!